A criação deste blog tem como objetivo expor atividades produzidas por alunos e intervenções pedagógicas docentes, que obtiveram sucesso na sua aplicação.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

HELENA - MACHADO DE ASSIS


LIVRO DISPONÍVEL EM http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2091.

OBS: Texto retirado integralmente do site "Diário Catarinense".

Prezado vestibulando,

Hoje vamos falar sobre um dos livros mais famosos da literatura brasileira: Helena, romance escrito por Machado de Assis e publicado em 1876. A história é simples e fácil de ser assimilada. Trata-se do amor, dito "impossível", entre um rapaz e uma moça que, em princípio, são irmãos, mas que depois descobrem não existir grau de parentesco entre eles.

Para ler a obra, sugiro que você vá "sem preconceito", ou seja, tem gente que torce o nariz quando ouve falar em Machado de Assis, diz que não entende nada e que a linguagem é difícil. Besteira! Aliás, santa ignorância! Quer aprender a escrever bem? Uma sugestão é ler esse escritor. A época é bem diferente da nossa, por isso, vale a pena ver como as pessoas se comportavam antigamente, como eram os costumes, a moral, as atitudes, como se dava a paixão entre os jovens, enfim, uma aula de curiosidade.

Eis um pequeno perfil da obra. Boa leitura!

Ficha Técnica
Helena, 1876
Autor: Machado de Assis (1839 - 1908)
Escola Literária: Romantismo
Gênero: Romance Urbano
Temática central: Amor impossível, sacrilégio
Local: Rio de Janeiro do século 19
Narração: 3ª pessoa, narrador onisciente

Personagens
Helena — A protagonista da história. É bonita, dócil, afável e inteligente. Tinha entre dezesseis e dezessete anos.
Estácio — Outro protagonista, o suposto irmão de Helena. Filho de família tradicional patriarcal, foi educado à maneira antiga. Tinha vinte e sete anos, era formado em matemática.
Conselheiro Vale — Pai de Estácio. Possuía uma fraqueza que deixava sua mulher doente: o adultério constante.
D. Úrsula — Irmã do Conselheiro, tia de Estácio. Tinha cinquenta e poucos anos, era solteira e vivera sempre com o irmão, cuja casa dirigia desde o falecimento da cunhada. Dr. Camargo — Médico e velho amigo da família.
Eugênia — Filha de Dr. Camargo, noiva de Estácio.
Padre Melchior — Conselheiro espiritual da família do Conselheiro.
Luís Mendonça — Melhor amigo de aula de Estácio.
Salvador — Pai legítimo de Helena.

O romance — síntese
Helena foi publicado originalmente sob a forma de folhetim, no jornal "O Globo", entre os anos de agosto e novembro de 1876. A obra possui 28 capítulos e seu enredo transcorre de maneira linear. O romance inicia com uma morte e termina com outra.

Após a morte do Conselheiro, dá-se início à abertura do seu testamento; nesse momento, toma-se conhecimento da existência de Helena. Helena vem morar com a nova família em Andaraí, ganha a simpatia dos moradores da casa; nasce a paixão entre Estácio e Helena; a verdade sobre Helena é descoberta; Helena morre.

O ciclo do romance é fechado, não só por iniciar e terminar com uma morte, mas também porque, com a morte de Helena, tudo volta ao estágio inicial, antes da abertura do testamento: Estácio é novamente filho único, possui a posse integral da fortuna deixada pelo pai e pode se casar com Eugênia, sua paixão da infância.

A narração
A história é narrada em terceira pessoa, por um narrador onisciente.

A temática
Machado de Assis utiliza em Helena um tema muito explorado pelos autores românticos da época: a obsessão pelo amor impossível e seu consequente sacrilégio, devido à obediência às leis morais e sociais.

Tempo e espaço
A história se passa entre os anos de 1850 e 1851, aproximadamente um ano de duração. O espaço em que se passa a ação é o Rio de Janeiro, em uma chácara na cidade de Andaraí.

Características do autor na obra

Joaquim Maria Machado de Assis nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 21 de junho de 1839, no Morro do Livramento. Desde pequeno, sempre teve a saúde muito frágil: era gago, epilético, possuía problemas intestinais e na visão. Em 1897 é eleito presidente da Academia Brasileira de Letras, fundada no ano anterior.

Morre no dia 29 de setembro de 1908, no Rio de Janeiro. A carreira literária de Machado de Assis é marcada pela variedade de sua escritura: foi cronista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta. Suas obras podem ser divididas em duas fases bem distintas: uma romântica e a outra, realista. Helena está inserida na fase romântica.

Em Helena, podemos encontrar os seguintes estilos do autor:

a) Análise psicológica das personagens.
b) O humor inglês (não é o humor escrachado, mas aquele humor sutil, irônico, pessimista, melancólico).
c) O homem aparece como um ser irremediavelmente corrompido e sem saída diante de forças que comandam seu destino.
d) A linguagem é muito trabalhada e culta.
e) Reflexão sobre a mesquinhez humana e a precariedade da sorte humana.
f) O Rio de Janeiro como cenário da obra.
g) Os traços fortes das personagens femininas em suas obras.

Informações disponíveis no site http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/vestibular/noticia/2013/04/professora-claudia-silveira-destrincha-helena-de-machado-de-assis-4111682.html

Professora Cláudia Silveira
DIÁRIO CATARINENSE

quarta-feira, 1 de maio de 2013

VESTIBULAR ACAFE -SC

CRONOGRAMA VESTIBULAR DE VERÃO 2013 E VESTIBULAR DE INVERNO 2014
http://www.acafe.org.br/new/index.php


RELAÇÃO DE OBRAS LITERÁRIAS PARA O VESTIBULAR DE VERÃO 2013 E
VESTIBULAR DE INVERNO 2014 ACAFE -SC

http://www.acafe.org.br/new/index.php?endereco=ver_noticia.php&idnoticia=105


A Hora da Estrela
Clarice Lispector
Editora Rocco

Amar, verbo intransitivo
Mário de Andrade
Editora Agir

Clarissa
Érico Veríssimo
Companhia das Letras

Gabriela, cravo e canela

Jorge Amado
Campanhia das Letras

Helena
Machado de Assis
www.dominiopublico.gov.br




domingo, 24 de março de 2013

GÊNERO TEXTUAL: LENDA

"A compreensão oral e escrita, bem como a produção oral e escrita de textos pertencentes a
diversos gêneros, supõem o desenvolvimento de diversas capacidades que devem ser
enfocadas nas situações de ensino. É preciso abandonar a crença na existência de um gênero
prototípico que permitiria ensinar todos os gêneros em circulação social
"(PCN'S/Língua Portuguesa, p.23).

PROCEDIMENTO DIDÁTICO

Imagens dos trabalhos produzidos pelas turmas...



Antes de tudo é relevante expor a minha satisfação em ter trabalhado Lendas Urbanas com meus alunos da 8ª3, 8ª4 e 8ª5 da Escola Estadual Georg Keller - Joinville - SC. Percebi que a maioria dos alunos estavam motivados, pois tratava-se de um tema relevante a idade-série. Os textos produzidos estavam muito bons, por isso, decidi expor alguns deles com o intuito de incentivá-los à leitura e a escrita. Parabéns garotada!!!!
Abaixo está exposto os procedimentos didáticos que foram aplicados para a realização deste trabalho:

1º Conversa sobre lendas e proposta para que os alunos pesquisassem junto de familiares e vizinhos alguma lenda que conhecessem (neste momento percebemos quanto a nossa cultura popular , o folclore e as contações de histórias estão incutidas na nossa formação);
2º Leitura e exposição das lendas pesquisadas;
3ºLeitura de lendas conhecidas como: "A lenda da loira do banheiro", " A mulher do táxi", " O velho do saco", "A lenda do rim", etc;
4ºRegistro do conceito e características de uma lenda;
5ºDivisão da sala em duplas. Cada dupla recebeu uma lenda que conta fatos do Estado de Santa Catarina retirados do site
http://www.clicrbs.com.br/especial/sc/horadesantacatarina/19,792,3934868,No-Dia-das-Bruxas-conheca-lendas-e-historias-de-arrepiar-sobre-a-Grande-Florianopolis.html;
6º Leitura das lendas, resumo e produção de cartazes com o desenho da história;
7ºExposição do trabalho para a turma e no mural da escola;
8ºHora da produção. Diante de todo o trabalho feito, foi proposto que os alunos produzissem suas próprias lendas;
9º Leitura das lendas produzidas pela turma para escolher a que seria exposta no blog.

O CEMITÉRIO

Diz a lenda, que havia um cemitério localizado em uma cidadezinha onde alguns adolescentes acostumavam frequentar para terem mais privacidade para se drogarem e beberem. Um dos adolescentes resolveu dar uma "corzinha" à paisagem sem vida e pintou alguns túmulos de vermelho. Já era noite, mas resolveram permanecer ali, até que alguns deles ouviram gemidos de dor e viram sombras no local e decidiram fugir, pois estavam com muito medo. Mas, o menino que havia pintado os túmulos era destemido e disse ser bobagem aquela história de barulhos e permaneceu no local. Mais tarde, quando ia embora, quase perto da saída do cemitério, onde era cheia de árvores, viu seus colegas pendurados pelo pescoço nas árvores e ainda sem as mãos. Atrás deles havia um muro, no qual estava escrito com sangue: "Pinte o túmulo de seus amiguinhos também". O adolescente aterrorizado foi embora da cidade e jurou nunca mais ir a um cemitério, exceto no dia que morresse. Muitos moradores, que souberam da história, falavam que fora um assassinato obra de um maníaco, outros já acreditavam que fora um aviso para que não mexessem com as almas que já se foram. Hoje em dia, ninguém frequenta o cemitério e moradores dizem ouvirem gritos de terror vindo de lá, na data do terrível acontecimento.
(Karolaine de Mello - aluna da 8ª5)

Pequena Carrie

Há muitos anos, em uma cidade pequena, morava uma garotinha chamada Carrie. Todos os dias eu a avistava, mas nunca estava com seus pais, estava sempre sozinha, agarrada a um ursinho de pelúcia, usando um vestido branco com mangas de renda e uma flor no cabelo.Como sou curiosa, um dia resolvi segui-la para saber onde ela morava. A menina foi até uma casa grande de três andares, que acreditei ser onde ela morava. Resolvi voltar para a minha casa e tentar esquecer esta história. Na manhã seguinte, acordei e fui ver o noticiário e me surpreendi ao ver a notícia destaque do dia: " Nesta manhã, foram encontrados os corpos do casal Peters, que moravam na Rua 18. A polícia crê que foi suicídio, já que os dois foram encontrados enforcados no quarto deles. Estamos aqui com a mãe da Senhora Peters , que está desolada e diz que depois que a filha e o gênro enterraram sua filha Carrie no quintal eles nunca mais foram os mesmos"...
Após aquele dia, nunca mais vi a pequena garotinha andando pelas ruas.
(Jéssica Stolfi - 8ª 3)

Noiva do mar

Havia uma mulher que morava na praia e sonhava em se casar. Um dia, foi tomar banho de mar e conheceu um homem bonito. Conversaram sobre suas expectativas e sonhos para o futuro. Ela então, falou que um dia iria se casar com um lindo vestido de noiva. Enquanto conversavam dentro da água, o tempo se fechou e começou a ventar muito e formaram-se ondas grandes e a mulher que não sabia nadar começou a afundar e o homem não conseguia alcançá-la para socorrê-la. Ele conseguiu nadar até a praia, mas ela, não... Ela afundou e não conseguiram resgatá-la. Depois disso, muito dizem que ao anoitecer , quando a praia está deserta, já avistaram uma mulher saindo do mar vestida de noiva.
(Mylena Tolomeotti - 8ª 3)